Kaya rodou nos calcanhares e mordeu o lábio com pouca intensidade. O cabelo já lhe caía seco pelas costas como uma enorme mancha de tons vermelhos, laranja e castanhos, mas o corpo continuava envolto na toalha, ainda com uma ou outra pinga a escorrer pelos ombros. Observava o espaço em volta, perdida em pensamentos como era habitual; viu a cama de Frantz por fazer com alguma roupa ao fundo e a sua cama vazia, branca e apenas branca, um branco que fez com que um esgar de nervosismo surgisse no seu delicado rosto, fazendo-a franzir as sobrancelhas e torcer os lábios. Arrancou os lençóis e atirou com as almofadas, mas a desarrumação transtornou-a ainda mais e teve então que tornar a arrumar tudo e cobrir a cama com lenços coloridos que lhe levassem para longe o vazio de uma cor sólida.
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