Caiu no sono tão rapidamente que nem deu por isso, bastou apenas deixar a mente flutuar pelo jardim, pelas conversas de pequeno-almoço e pelas perspectivas de um dia com sol, para adormecer. Mas agora estava no circo, sentado na quarta fila, vendo a mulher barbuda desfilar com um anão pela mão para ambos fazerem malabarismos. Ria muito e tinha muitos amigos à volta, um grupo numeroso de rapazes e raparigas e até os irmãos estavam presentes. Meteram-se imenso com a mais nova só para a picar e ver revirar os olhos quando lhe diziam que já eram horas de estar na caminha...
Saíram para algodão doce e pararam junto ao lago. Deixaram o carro na sombra das árvores, fizeram uma fogueira e riram às gargalhada. Era bom poder falar de tudo e ser aceite; não havia doenças - doenças não existiam.
E um raio de luz penetrou-lhe insensivelmente a visão, transportando-o de novo para um quarto de clínica - fora apenas um sonho.
As doenças existiam, os amigos é que não.
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