Tentei passar-me a ferro, atenuar as dobras e alisar-me, no entanto, estou igual ao que era. E agora muda-se quem somos, é? Oh, bem que tentei! Troquei o detergente, fui à lavandaria, sequei-me numa máquina...: tudo em vão.
Não me caía bem o amaciador; está certo que me...amaciava, mas não me vi preparada para quebrar rotinas e constatei que ele tinha muito pouco a ver com o meu tecido. Os reclames eram bonitos, não haja dúvida, tinham até algo de sonante, - uma alusão à fama! - mas que tinham eles de história? Eram...impessoais, demasiado impessoais para os tornar na minha marca.
Não me consegui desfazer disto. Podia funcionar bem em termos de privacidade - não se deve lavar a roupa suja em público -, mas continuava a não assentar bem na etiqueta da minha ganga.
Posso ser uma peça usada e sem grande valor no mercado, mas foi assim que me fizeram e é assim que me sinto autêntica. Ou então é só teimosia de um cliente antigo, de costas voltadas à inovação.
Se o meu novo visual fosse uma pessoa, estava eu a caminho do altar.
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