Lamento imenso, mas creio que a tua
coruja se enganou. Não descontes nela, afinal de contas, está habituada a mim.
De qualquer forma, acho que mais do que um desperdício, é um pecado deixar uma carta por responder. Espero que não te importes de ler as minhas palavras, em vez das da tua correspondente.
Explica-me qual é o melhor uso que podes dar aos teus poderes? Aliás, explica-me por que deves dar o
melhor uso aos teus poderes. São teus Albus, devias usá-los se quisesses e para o que quisesses. Limitar é enfraquecer.
Quanto à tua reserva, é do teu conhecimento que a considero uma qualidade excepcional. E a normalidade é subvalorizada por mim - algo que, claro, também sabes perfeitamente.
Felizmente, não tens realmente mais do que o apelido em comum com o teu irmão. É uma coisa curiosa que a genética não abençoe todos da mesma forma. Ou que não abençoe todos, simplesmente. Creio que a tua genética se desenvolveu por caminhos mais interessantes que a dele.
Tem em conta que herdaste não só o bom como o mau e que provéns de ramos sadios e ramos partidos. Tira o melhor proveito dos dois. Acho que devias começar a usar o teu legado para ajudar-te a conseguir aquilo que realmente queres. O que queres tu, Albus? O teu legado não tem de dar-te mais responsabilidade do que dá regalias. Vê: é esperado do filho de um rei que assuma o trono e abandone a moral pessoal em função da segurança nacional...mas, em contrapartida, o príncipe tem direito ao dinheiro, aos banquetes e ao entretenimento gratuito.
Penso conseguir ver essa negritude de que falas, embora a veja com outros olhos. Não estamos a observar a mesma cor. A mim parece-me que estás a tornar-te mais independente e isso só pode ser bom para a tua cabeça.
Não há certo e errado. Na verdade, esses dois conceitos têm significados diferentes, consoante o lado em que estiveres. Nada é fixo.
Estás, talvez, a experimentar e, se não conseguires encontrar o teu caminho, podes sempre utilizar um
lumos para te guiar. Quanto à âncora, considera que o ser humano evoluiu de acordo com as suas necessidades e, se ainda estás vivo, podes desenvolver guelras, aprender a respirar debaixo de água.
Se precisares de ajuda, chama-me.
Cumprimentos cordiais,
Sebastian Blackwood
Etiquetas: contos-de-fadas, harry potter, personagens, quill, rpg
Comentários:
Enviar um comentário