Encontrei um homem de olhos negros
Tudo nele parecia brasa viva
mas os olhos chamuscados inquietaram-me
Vinha de mãos atrás das costas
sabes como nunca se deve confiar
num homem que esconde as mãos
E o sorriso era ouro branco
ou bijutaria para enganar o freguês
Tive medo porque o homem voava
entrava-me em casa sem abrir a porta
e caía sempre sobre os pés
sabes como nunca se deve confiar
num homem que cai como um gato
Mas os olhos extraordinariamente negros
que medo dos olhos tive eu
quando me despiram com pressa
e mais depressa que as mãos
Que medo tive eu dos olhos
quando me entraram pelo corpo adentro.
Etiquetas: ken, poetry
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