Tenho sempre demasiado a dizer, então faço o quê? Guardo metade para dizer no dia que vem. O problema é que se o dia não vier, vou para outro lado com as palavras entaladas na garganta, ou presas na boa como a laranja do leitão (é laranja?). Portanto, decidi ser desorganizada e escrever tudo de uma vez, não vá o Kenichi tecê-las e eu perder o indicador numa destas noites.
Se deixar o post pela metade é porque entretanto desmaiei de sono.

Vinha dar-vos uma dica muito valiosa (ou não): não criem personagens em função de outras personagens, ou em função da plot. Criem várias personagens em separado e só pensem nas relações entre elas e com o enredo depois.
Acontece que cheguei à conclusão de que o grande problema para não funcionar totalmente com algumas das minhas criações, é que lhes dou bases muito frouxas e superficiais. Eu crio um príncipe cavaleiro cheio de personalidade e sei que depois vou ter que criar a donzela em apuros, por ser a que melhor encaixa com ele. Só que entretanto a donzela em apuros é só um conjunto de características ditadas por mim e eu estou a impor a vida a um bocado de papel. Para a personagem estar viva e preenchida, teria que ter uma personalidade prévia...podia ser a donzela em apuros, mas sê-lo-ia espontaneamente e não porque personagem X precisa dela para seguir a plot. Fica muito mais interessante se criar livremente, colocá-las de forma caótica na mesma cela e esperar para ver.

Depois, oiçam:


E uma review:


Highschool of the dead passa-se num Japão invadido por zombies. Ao longo da trama não é revelada a origem dos mortos vivos, embora surjam teorias que acusam o governo de ter criado um vírus em laboratório e a hipótese da epidemia ter surgido naturalmente como a Peste Negra, por exemplo. As personagens principais são o Takashi, a Rei, a Takagi, o Hirano, a Shizuka, a Alice e a Saeko. São todos colegas de escola, aparte da Doutora Shizuka que era a médica escolar e da Alice, uma órfã que eles acolheram.
Tudo começa no colégio, quando um dos professores é mordido, e a doença alastra-se tão facilmente que rapidamente toda a escola é mergulhada na tragédia. O grupo que a história seguirá acaba por se reunir com o intuito de sobreviver e conseguir escapar do colégio. A partir daí, percorrem toda a cidade, fugindo aos mais diversos perigos e percebendo como o mundo e a natureza humana se alteram tão depressa, quando sujeitos à luta pela sobrevivência.
Não fiquem com muito medo se só pelo genérico já começarem a pensar que vão assistir a cenas mais escaldantes...o que acontece é que os produtores deviam ser grandes aficionados da anatomia feminina, talvez cirurgiões plásticos a tentarem promover o uso de implantes mamários. Se esquecerem a parte demasiado ecchi do anime e se concentrarem só no potencial que a história poderia ter, compreendem que HOTD tinha tudo para fazer sucesso; é mesmo pena terem insistido tanto nas partes nonsense de descontrolo hormonal - e eu não tenho nada contra envolvimento físico das personagens, desde que faça algum sentido.
De qualquer forma, adorei e estou muito ansiosa pela prometida segunda temporada que tarda em chegar. Talvez tenha sido o que mais gostei, desde Nana e apesar do lado cómico/ecchi do anime ser explorado em demasia, não é muito mau o facto de terem misturado um tema mais dramático com uma plot assim diversa. Recomendo.

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