Rasga-me o pescoço, amor. Juro que a seguir vou ficar tão quietinha que nem darás por mim e, depois, não tornarei a pedir nada. Mas corta-me o pescoço, amor.
Quero sentir o quão afiada é a lâmina que trazes no bolso da camisola. Essa lâmina suja a que chamam coração, mas que tu só usas quando queres. Pega nela e rasga-me toda, de cima a baixo, e nem tentes costurar.
No meu interior, tenho a plena certeza de que fui feita para ser cortada por ti. Espero ansiosamente pelo dia em que tires do bolso a lâmina e a coles na minha pele. Nada mais, amor.


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