Esvazio o estômago para alimentar o coração. Não sei que sentido faz, mas o meu cérebro consegue compreendê-lo.
Constato com algum aborrecimento que a falta de comida na boca não pára o latejar constante. Não sei por que bate, nem para o que bate, mas dá-me dores de cabeça e elas distribuem-se por todas as ramificações. Fico, portanto, numa agonia dos cabelos aos pés.
O estômago é fácil de preencher e o buraco não me faz tanta confusão. A restante fome acumula-se tortuosamente e alia-se à sede de pessoas, locais e experiências. Por vezes, chego a crer que a fome não é minha ou que não pertence a esta vida e vem a estender-se por reencarnações.
Quando conseguirei ficar cheia?
Etiquetas: desordem da personalidade
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