Tive que trancar a alma a cadeado. Receei que entrasses de rompante e roubasses qualquer parte essencial. Mesmo depois, tive medo que arrombasses o cadeado, entrasses de qualquer das formas e fizesses da minha alma a tua casa. Ver-te sentado numa cadeira, de pés espichados sobre a mesa, perfeitamente à vontade fez-me confusão. Não te quero dentro de mim, não sou a casa de ninguém! Mas tu continuas, dia e noite a bater com os punhos no portão, como um louco ou um demónio. Deixa-me em paz.


Etiquetas:

Comentários:

Enviar um comentário