Trazia uma das minhas personagens à vida, fazia-a nascer apenas para mim e estava tudo resolvido. Porque, muito sinceramente, deste lado começa a ser difícil nunca me sentir satisfeita com nada, nunca ser suficiente e isso irrita os outros também...
Crio expectativas estupidamente altas e deito oportunidades para o lixo. E agora que já fez cerca de um ano que eu ando de roda de um tordo, convenhamos que era desnecessário atirarem-me lá de cima com uma gaivota. Isto é tudo muito bonito quando se passa com os outros e somos todos de mentes muito abertas e apoiamos totalmente, mas quando somos nós no baralho é outra história. 
Pondo as coisas em pratos limpos, eu sei perfeitamente que estou a fazer de propósito e que a decisão racional seria afastar-me enquanto é tempo. Mas eu tenho o tal instinto masoquista/suicida e continuo a provocar, a esticar a corda, a enrolar-me a mim e a ela. 
Não tenho mais nada para pensar o dia todo, só ela e as minhas personagens. Mas as minhas personagens estão lá no mundo do além e ela sorri-me ali da esquina. 
Oh, merda, que é que eu ando a fazer?


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Comentários:
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atira-te de cabeça. é o que deves fazer. magoa, mas descobres a realidade.
 

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