Engraçado que te sinta tão presente quando sei que não existes. Se erguer uma mão, posso sentir outra colada na palma da minha; se der um passo, posso escutar outro a seguir o meu; se de noite tiver frio, posso sentir dois braços em torno de mim. Basta concentrar-me na ideia de ti para te sentir real e assusta-me esta minha capacidade, uma vez que a idade dos amigos imaginários passou há muito e o cérebro é bastante influenciável por maus filmes de terror...
Mas é engraçada a maneira como te invento feitos fantásticos e histórias mirabolantes, como falo de ti com tamanha naturalidade e como consigo sentir o palpitar do teu coração, se estender a mão para o teu peito invisível.
Meu amigo cor de nada, talvez sejas o tipo de homem mais indicado para mim.
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